
Um homem contra a maior potência do planeta. É este o resultado das ações de Julian Assange, 39 anos, um hacker australiano que criou o Wikileaks.
Uma organização especializada em usar a internet para revelar documentos secretos: sejam eles de empresas ou de governos. Feito que o colocou na lista das pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes.
Quem já trabalhou com Assange, o descreve como inteligente, focado e com uma capacidade excepcional para quebrar códigos de computador.
Em 2006, Julian Assange, associado a um grupo de jornalistas e profissionais de várias áreas, decidiu criar o Wikileaks. A parte visível que aparece dessa organização é uma página na Internet. Nela, qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, pode ter acesso a todos os documentos tornados públicos por Assange e sua equipe. E que só foram parar na tela de qualquer computador, graças a um sofisticado sistema de segurança.
O Wikileaks só aceita documentos secretos com teor político, diplomático, histórico ou relacionado à falta de ética. As fontes quase sempre são pessoas ligadas às grandes empresas ou a instituições de governo, como forças armadas, diplomacia, justiça ou o legislativo.
Elas podem enviar os documentos usando a página da organização, através de correio eletrônico, ou, então, por uma caixa postal de verdade mesmo.
Se a fonte preferir, existem ainda centenas de colaboradores secretos espalhados pelo mundo que podem receber os documentos em mãos, que são digitalizados um a um.
Um sofisticado sistema de codificação criado por Julian Assange embaralha o conteúdo dos documentos e, só depois disso, é que eles são enviados pela Internet até a caixa postal central do Wikileaks.
Com tudo isso, o jornalista despertou a ira dos governantes americanos ao expor detalhes da diplomacia dos estados Unidos pelo mundo.
Coincidência ou não, ele passou a ser procurado pela Interpol por crime de estupro na Suécia. Julian nega a acusação. Ele é acusado de abusar de duas mulheres. Julian nega a informação e diz que é uma armação contra ele.
A ironia é que a arma usada por Julian para divulgar os documentos secretos, a internet, foi inventada pelos próprios americanos.
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